quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A um garotinho mais que especial



Pedrinho é um corajoso e aventureiro personagem infantil da obra de Monteiro Lobato. Mas hoje não vou falar das peripécias vividas pelo menino no Reino das Águas Claras, e sim do Pedro, nosso querido afilhado, tão corajoso e tão gracioso como o próprio personagem das Reinações de Narizinho.

Domingo último foi dia de batismo, e batismo em dose tripla: Yago, Pedro e Rúbia. Ata e eu, como padrinhos do Pedro, gostaríamos de dedicar-lhe esta divertida canção do Jota Quest. O Pedro, o nosso Pedrinho, não cresceu no Sítio do Picapau Amarelo, mas antes que seus pais o trouxessem à Espanha, passou seus primeiros meses de vida em Monteiro Lobato, uma cidade no interior de São Paulo que presta homenagem ao criador deste ilustre personagem. Menos mal que aqui em Tarragona não há onças nem sacis!!! Sabe-se lá o que aprontaria o garoto se se aventurasse a desvendar os mistérios da noite na floresta!

A vocês, Lau, Marlene, Rúbia, Pedro e Yago... que fique registrado aqui no blog os melhores momentos, como uma singela homenagem por esse dia tão especial.


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ahhh... o amor!



Esse vistoso pedalinho em forma de cisne branco não poderia ter encontrado melhor partido: sua amada, um elegante cisne negro chamado Petra, deixou de migrar em busca de ares mais cálidos para permanecer junto ao seu grande amor. Dizem as más línguas que esse amor de platônico não tem nada, já que o casal não faz nenhuma questão de dissimular as mostras de carinho, com bicadinhas e carícias pra lá de "calientes".

Ainda não se sabe ao certo a data para a celebração do casório, mas o que já andou vazando na imprensa é que o renomado senhor Chang Hsi-hsum e sua esposa, a boneca Barbie, já estão confirmados como padrinhos.

sábado, 8 de dezembro de 2007

De um lugar à Eternidade


A máfia no purgatório



- Eu vou para o inferno, T.
- Você vai é para casa.
- Eu fui para o outro lado.
- Você o quê?
- Eu vi o túnel... e uma luz branca. Eu vi meu pai no inferno.
- Pára com isso!
- E o leão-de-chácara disse que eu vou para lá quando minha hora chegar.
- Qual leão-de-chácara?
- O do Emerald Piper. Esse é o nosso inferno. É um pub irlandês onde todo dia é dia de São Patrício. Mikey Palmice e Brendan Filone também estavam lá. Eles eram amigos.
- Eles dois se odiavam.
- Christopher, acalme-se.Você só precisa de repouso.
- Agora eles são amigos. Estavam jogando dados com dois soldados romanos e uns irlandeses. E os irlandeses estavam ganhando.

(...)

- Vou te fazer uma pergunta. O leão-de-chácara que te mandou de volta... tinha chifres na cabeça?
- Não. Era só um capanga irlandês com roupas antiquadas.
- Alguém por lá tinha chifres? Ou alguma saliência, como os cabritos?
- Paulie, era o inferno, ok? Meu pai me disse que perde sempre no carteado... e que toda noite, à meia-noite... eles o matam do mesmo jeito que ele foi morto em vida... e que é doloroso. Noite após noite. Você acha que isso é o paraíso???
- E era quente?
- Bem, não sei. O que importa?
- Teria notado. O inferno é quente. Ninguém nunca discutiu isso.Você não esteve no inferno, esteve no purgatório, meu amigo.
- Eu me esqueci do purgatório.
- O purgatório: Um pequeno desvio para o paraíso.
- Quanto tempo acha que ficamos lá?
- Cada caso é um caso. Você pega seus pecados mortais e os multiplica por 50. Daí, pega seus pecados veniais e os multiplica por 25. A soma dos dois é sua sentença. Eu terei de servir uns 6 mil anos antes de ser aceito no céu. E 6 mil anos não é nada na eternidade... Vou tirar de letra! É como um par de dias aqui...
(The Sopranos - 2ª temp., ep. 09)

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Trote telefônico


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Pela espécie

Cientistas descobrem o que os não-cientistas já haviam descoberto há tempos: balanço nos quadris é o que mais atrai os homens. Não basta com ter um corpinho violão e cinturinha de pilão: tem que rebolar!


O estudo recorreu à observação de vários vídeos e desenhos animados de pessoas caminhando, sendo que em alguns casos não era possível identificar se se tratava de homem ou mulher. O que chamou a atenção na hora de definir um corpo como mais ou menos feminino, e, consequentemente, mais ou menos atraente, foi o movimento do corpo, apesar da ditadura da fita métrica.


Outros pesquisadores, em outro estudo, publicado em outra revista, em outro Estado, porém no mesmo país (os americanos adoram quadris, já se nota), afirmam que mulheres com curvas são mais inteligentes e têm filhos mais espertos. Isso se deve ao fato de que os ácidos graxos ômega 3, que se acumulam nos quadris e nas coxas das mulheres, servem de alimento para o cérebro e são essenciais para o desenvolvimento neurológico dos bebês durante a gravidez.


Enfim, curvas bem definidas combinadas ao movimento harmônico dos quadris pode desencadear uma batalha titânica entre o controle de natalidade e o instinto de preservação da espécie. Mas também é certo que tais instintos na maior parte das vezes se dão de maneira inconsciente; assim, que deixemos de um lado a ciência, finjamos não saber nada disso e continuemos com nossa dança do acasalamento.


E que a mãe natureza cuide do resto...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O "X" da questão


Sem comentários...
Me refiro aos meus, claro! Os de vocês são sempre bem-vindos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Three Little Birds



Depois de muitos dias sem nenhuma postagem (segunda-feira sem novidades...) gostaria de voltar com o pé direito e foi com essa intenção que pensei em compartilhar com vocês este videoclipe de Gilberto Gil interpretando a canção Three little birds, de Bob Marley. O clipe foi produzido pela “Conspiração Filmes” e recebeu duas premiações no Video Music Brasil (VMB 2003) MTV. Trata-se de um projeto de animação gráfica que teve como referência a obra de Mestre Vitalino, artesão ceramista que, por seu trabalho e pelo legado que deixou, fez da cidade de Caruaru o maior centro de Arte Figurativa das Américas.

Artesanato em cerâmica de Mestre Vitalino

No vídeo, os personagens de Gilberto Gil e Bob Marley, caracterizados a partir de massa de modelar e em formato de desenho animado, interagem em um sertão nordestino castigado pela seca e pelo clima típico dessa região. Na época, nosso Ministro da Cultura foi acusado pela ONG Mensagem Subliminar de fazer apologia à maconha, tomando como argumento as próprias imagens e também o título do CD, Kaya N'Gan Daya: segundo a organização, a palavra 'kaya' seria o termo equivalente à maconha em linguagem rastafari. A denúncia não foi acatada, como já era de se esperar. De não ser assim, a esta altura, já teríamos pelo menos metade de nossos representantes culturais e artísticos no banco dos réus, não precisamente por apologia à maconha, e sim porque um caso como esse serviria de precedente para que se acusasse indiscriminadamente por apologia a qualquer coisa.

Frames do videoclipe

Entre o sim, o não e o talvez, o que não há como negar é que o videoclipe é capaz de acender o otimismo incluso entre os mais pessimistas. Posso até arriscar um palpite: é impossível ver uma vez só!!! Que me digam vocês mesmos... Espero que gostem ;-)
Sobre o processo de criação, pode-se saber um pouco mais aqui neste blog.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Parabéns, Laís! Feliz Aniversário!


Esta é a Laís, há pouco mais de quatro anos atrás. Nessa época ela ainda achava que golfinho era um golfo pequeno e gostava de "tetetê" (beijinho de esquimó) e cafuné.



Agora a Laís já não é mais tão pequenina; hoje completa seus oito anos de vida e pode-se notar pelas fotos abaixo o quanto a menina cresceu... os vovôs e vovós devem estar orgulhosos! Agora ela já sabe que golfinho é golfinho, e não um golfo pequenininho. Mas ela ainda gosta de tetetê e cafuné.



A última pérola da garota ocorreu neste diálogo:

- Filha, o que você vai ser quando crescer?
- Como assim?
- Digo... o que você gostaria de fazer, em que gostaria de trabalhar?
(quase de bate-pronto...)
- Ah, eu quero vender limonada. Vou vender limonada no portão da casa da vovó Conceição! A vovó prepara o suco e eu vendo, na minha barraquinha dos Looney Tunes.
- Muito bem, meu anjo, é importante saber o que quer da vida, mas não precisa ter pressa não, tá? Que ainda tem tempo...

Mais tarde descobrimos que a barraquinha de limonada era parte da camuflagem. Esta sim será sua verdadeira profissão:



Parabéns, filhota! Amamos muito você!

Papai e mamãe

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Raymond Crowe: sombras chinesas



Para os poucos, porém fiéis, leitores deste humilde blog que vira e mexe entram e se deparam com a mesma postagem castellera de semanas atrás… não, o Vagar devagar não morreu! O que ocorre é que ele anda um pouquinho mais devagar que o usual, mas continua devagar e sempre. Ou quase.

Bom, felizmente sempre há um recurso para aqueles dias em que somos acometidos pelo fantasma do blogqueio® criativo: é só ligar o Copiômetro à máxima potência e daí é fácil… basta reconhecer a criatividade dos demais e deixar que eles mesmos façam o trabalho duro por você.

Ontem estive blogueando por aí e fui parar lá no Felicituri. A grata surpresa é que o ponteirinho do Copiômetro 2.0 detectou algo que não poderia passar desapercebido; então, sem mais delongas, mãos à obra e… a copiar!

Raymond Crowe: o que esse artista faz é pura magia sem truque. “What a wonderful World" e a arte das Sombras Chinesas garantem a fórmula infálivel deste magnífico espetáculo:

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Colla Jove Xiquets de Tarragona

Três de oito Dois de oito com folre Quatro de oito Pilar de cinco























Castells, castillos, human towers, castelos. Difícil traduzir para outra língua uma tradição cultural tão singular e representativa da identidade catalã. Quando chegamos em Tarragona em 2005, não podíamos imaginar que dois anos depois estaríamos completamente absorvidos pelo mundo "casteller". Afortunados, começamos a participar da "Colla Jove Xiquets de Tarragona", a melhor de Tarragona e uma das 6 maiores de toda Catalunya. Como entramos, o que representa para nós e principalmente para a "estrela" que se tornou a Laís, além de um pequeno resumo da história e dos termos "castellers" estarão em próximas entradas.

Agora somente gostaríamos, assim de cara, de colocar uma de nossas últimas apresentações, a tradicional "La Bisbal" dia 15 de agosto. Juntamente com nossa "colla" estavam outros dois times bastante famosos, os "Castellers de Villafranca" e a "Colla Joves Xiquets de Valls". Na sequência estão nossos "castells", em fotos e em vídeo. Para os mais chegados, tentem localizar a Laís, não é muito difícil, ela sempre é a última a subir, a responsável por "coroar" o castelo com a "aleta" (gesto de levantar a mão ao chegar ao topo do castelo). Ela participou do 2 de 8 com forro ("folre") e do três de oito, além do pilar de cinco. Nesse, pode-se notar o toque brasileiro quando Laís faz a "aleta": o tão famoso hang loose do Ronaldinho Gaúcho.

Fotos: Colla Jove Xiquets de Tarragona


*Sugestão: deixar carregar por um tempo e voltar ao início do vídeo, porque o reprodutor é meio lento. Sorte!*

domingo, 12 de agosto de 2007

Wrong job???

Se me oferecerem vale-refeição e vale-transporte, não penso duas vezes: tô dentro!



















terça-feira, 7 de agosto de 2007

Envelhecer é uma Arte!

Adoniran Barbosa também passou pra deixar as felicitações e disse assim:


Em seguida, cantou:


terça-feira, 31 de julho de 2007

Guimarães, Toquinho e os outros na colcha de retalhos


Fulano compôs uma canção. Não uma canção qualquer, mas dessas que pretendem condensar o mundo num só grito. Conseguiu o inatingível e se orgulhou muito de sua obra-prima, até que a realidade e os fatos berraram num tom acima: problemas orçamentários! Até então, não se havia dado conta de que o verbo consome muita verba, e que cada arranjo, cada nota, cada acorde eram completamente discordes com sua conta bancária; isso sem falar na rima! Aquela rima tão bem polida, não teve mais remédio que cortá-la. Por economia, se viu obrigado a espremer introdução, refrães e estrofes inteiras, reduzindo-os a um pequeno trecho, que se repetia à exaustão: ‘Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo’. E viu que, apesar de tudo, ainda era bom. As notas ecoavam saudosas de seu colorido, mas tinha conseguido manter um branco-e-preto vívido que ressoava ao longe, a perder-se e misturar-se com outras ondas.

Do outro lado da rua, essas notas alcançavam o Cidadão Comum sentado em sua varanda, meditando como cada dia. E, como cada dia, se sentia compreendido, porque a melodia lhe apaziguava o ânimo com força de resposta, que em realidade era mais que uma simples resposta, era a Resposta por excelência, destas que antecedem à pergunta mesma. Porém, essa certeza que lhe chegava tão forte com a primeira luz da manhã, se desvanecia com o passar das horas. Ao entardecer, outra vez a sensação de que vivia o dia, e não o sol, a noite, e não a lua. De madrugada, como de costume, a pergunta voltava a sua condição inevitável: que acontece quando nada acontece?

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Novinho em folha

No princípio era o Verbo. Até que o verbo descambou para a verborréia e hoje em dia praticamente não há cidadão que se preze que não tenha seu BlogEspaço; incluso os que não se prezam nada; ou os que se prezam demais; já era hora de que também me achegasse.

Quem terá sido essa criatura malvada que me inculcou tamanho respeito por tudo que concerne à linguagem, mais precisamente à escrita, a ponto de não me permitir adentrar esse terreno, como se fosse o santuário da expressão humana? De onde esse impulso que é quase um pedido de desculpas por tentar cruzar a cortina de linho? Que acontece se me atrevo? Um raio fulminante?

Seja como for, hoje acordei um tanto quanto subversiva. É mais: prometo ser subversiva. Depositarei aqui todos os clichês que conheço, com a tremenda ousadia de quem publica uma descuberta por primeira vez, como se ainda existisse verdade que já não tivesse sido dita ou mentira que já não tivesse sido eloqüentemente calada. Vou parafrasear tudo que me parecer adequado e conveniente. Penso também em plagiar, plagiar muito, vírgula a vírgula, acorde por acorde, cor por cor… e citar no fim o autor apenas se me lembrar. Ousarei apelar a nomes consagrados, e, por muito blasfemar, correr o risco de que se remexam em suas tumbas ou em suas cadeiras almofadadas gemendo em bom som “Não foi isso o que eu disse! Por que não me deixa em paz, sua impertinente!”

Tão subversiva a ponto de me permitir algumas censuras de vez em quando, sempre que se fizerem necessárias.

Ainda não sei a que vim. Mas vim, e o certo é que já estou semi-à-vontade por aqui. E, repetindo um carinha aí… que seja infinito enquanto dure.